Journal of Class and Culture Inaugural Issue

31.01.2021

The inaugural issue of the Journal of Class and Culture is now online and all the articles are free to download. Congratulations to Deirdre O’Neill, principal editor of this publication that challenges the rejection of class as an archaic concept and engages with class as a dynamic category shaped by capitalist relations. I’m honoured to be a member of the Editorial Board. Read and share it!

A Idade Maior

21.12.2021

Eis uma nova revista científica que resulta da parceria entre a AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento em Movimento e a FECA - Federação Portuguesa de Escolas de Cinema e Audiovisual. A Idade Maior é uma publicação que pretende dar visibilidade a textos escritos por estudantes em contexto curricular de licenciatura e mestrado, excluindo dissertações, em fase de iniciação à prática da investigação científica sobre imagem em movimento. Daí o nome, A Idade Maior, inspirado no título da primeira longa-metragem de Teresa Villaverde. Será de acesso aberto. Terá uma regularidade semestral (Maio e Novembro). Todos os artigos passarão por um processo de arbitragem científica (com dupla revisão cega por pares).

Muito me honra ter sido convidado para integrar a Comissão Científica desta nova revista que está, neste momento, a aceitar submissões para o seu número inaugural aqui. Longa vida a este belo projecto editorial do Paulo Cunha e do Daniel Ribas.

Sorrisos e Lágrimas

09.12.2021

O Garoto de Charlot.

No jornal Avante! de hoje comento O Garoto de Charlot (The Kid, 1921) de Charles Chaplin, reposto ontem em Portugal numa nova cópia restaurada. Dei-lhe o título “Sorrisos e Lágrimas” e está disponível aqui.

O Cofre do Cinema Visto por Manuel Mozos

20.11.2021

Urdiduras e Lavores

19.11.2021

Uma Abelha na Chuva.

Amanhã apresento a comunicação “Urdiduras e Lavores: Refazer Uma Abelha na Chuva” no colóquio Carlos de Oliveira, Uma Escrita Tatuada, na Biblioteca Municipal de Cantanhede. Deixo o resumo:

O projecto de adaptação cinematográfica do romance de Carlos de Oliveira, Uma Abelha na Chuva (1953), começou na década de 1960, mas o filme só ficou pronto em 1971, tendo estreado no ano seguinte. O realizador Fernando Lopes escreveu o argumento e os diálogos e sentiu a responsabilidade de estar “à altura” do desafio. Contou com a colaboração e o acompanhamento do escritor, mesmo que este tenha mantido a distância necessária para garantir a autonomia do trabalho sobre o texto. A obra de Carlos de Oliveira foi marcada por múltiplas emendas e revisões dos seus livros. Neste contexto de reescrita, o autor do romance viu claramente a possibilidade do projecto fílmico como uma oportunidade para refazer Uma Abelha na Chuva. Manuel Gusmão comenta o processo de despojamento da escrita, de eliminação do supérfluo, que foi marcando a obra do reescritor como envolvendo o apagamento de “tudo o que são exclamações. Tudo o que é uma certa retórica, para reduzir ao osso, para reduzir àquilo que vibrou ou que fica a vibrar.” Refazendo Uma Abelha na Chuva, Lopes chamou ao filme uma “leitura crítica” do romance, mas Carlos de Oliveira foi bem mais longe, caracterizando-o como “um objecto estético excecional” e “a leitura mais profunda de Uma Abelha na Chuva e aquela que, portanto, me agrada mais”.

O propósito desta minha investigação é, assim, analisar Uma Abelha na Chuva como obra refeita.

Tendo em conta este objectivo geral, o primeiro tópico que abordarei é o da tradução expressiva da obra para cinema. As qualidades lacónicas do filme, feito de composições desabitadas, densas texturas visuais e sonoras, gestos que pesam, palavras que estremecem, contribuem para refazer a narrativa e o tom de Uma Abelha na Chuva noutra forma artística, já não como literatura mas como cinema. Ou seja, trata-se de uma análise que assume a distinção entre as duas formas, mas que também salienta a contaminação entre elas, que neste caso pode ser designada como uma afinidade poética entre o livro e o filme, ligando o movimento neo-realista à modernidade artística. Neste percurso analítico, a história da produção do filme tem particular relevância, nomeadamente a longa pós-produção. A montagem, que se assemelha à edição sucessiva de um texto, explorou uma estrutura não linear, disjuntiva, e foi conduzida pelo próprio realizador, com a assistência de Maria Beatriz.

O segundo tema através do qual analisarei Uma Abelha na Chuva como obra refeita é o da leitura situada da obra a partir das observações anteriores sobre o primeiro tópico propondo que Uma Abelha na Chuva seja lido como obra aporética. Recordando as reflexões de Rosa Martelo em torno da poesia neo-realista, através do eixo compromisso-aporia, argumento que a aporia surge como uma força do cinema português de antes e depois do 25 de Abril de 1974, por razões diferentes e em graus distintos. Esta tendência aporética, identificável do novo cinema à contemporaneidade, revela o modo como os filmes surgem sempre numa teia social e histórica, refletindo tanto as limitações opressivas da ditadura como as promessas ainda por cumprir da democracia — a consciência de uma história em aberto, em síntese. Como Uma Abelha na Chuva comprova, a expressão aporética não é necessariamente uma manifestação do desespero. Em vez disso, articula um estado permanente de inquietação que não permite interpretações demasiado redondas ou fechadas.

Thinking Out Lab: Imagens Digitadas

18.11.2021

A Vida de Pi (Life of Pi, 2012).

Amanhã farei uma breve apresentação no espaço Thinking Out Lab do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, que tem desafiado docentes desta unidade orgânica a falarem durante apenas 10 minutos sobre um conceito do seu trabalho de investigação. No meu caso, falarei sobre o trabalho invisibilizado na produção do cinema digital através do conceito que desenvolvi de imagens digitadas.

Imágenes como patrias

15.11.2021


Saiu recentemente a colecção de ensaios Imágenes como patrias, coordenada por Victoria Hernández Ruiz (Universidade Francisco de Vitoria) e Sara Dias-Trindade (Universidade de Coimbra), a quem agradeço o apoio e o profissionalismo, e publicada pela editora madrilena Editorial Sinderesis. O livro inclui um capítulo assinado por mim com o título “O Mundo de Maria: Reflexões entre Jean-Luc Godard e Stanley Cavell”. O volume pode ser comprado aqui.

As Armas e o Povo: Sessão Especial

15.11.2021

Esta sessão especial de As Armas e o Povo (1975), comentada pelo Paulo Cunha e moderada por mim, integra o congresso internacional 1921-2021: Nos 100 Anos do PCP — Imaginários Políticos e Expressões Culturais.

História do Cinema Apresentado em Coimbra

25.08.2021


O Abílio Hernandez apresenta, o André Rui Graça modera, e o Nelson Araújo e eu dizemos mais algumas breves coisas. É já no próximo sábado, na Almedina Estádio Cidade de Coimbra, às 16h30. Foi um prazer participar neste projecto com um capítulo sobre a renovação no cinema da Europa de Leste. Apareçam!

Grande Cinema Mutilado

08.11.2021

O canal Cinemundo faz um “Especial John Carpenter” com menos 25% da imagem de cada filme. O Scope é esquartejado para encaixar no 16:9. O canal, aliás, é especialista nisto. Já vi o mesmo acontecer a filmes de Clint Eastwood e Michael Cimino. Está a passar uma pálida imitação de Fantasmas de Marte (Ghosts of Mars, 2001). Vale a pena mostrar grande cinema mutilado desta maneira?

Carlos de Oliveira, Uma Escrita Tatuada

07.11.2021


O Osvaldo Silvestre convidou-me para falar neste colóquio e eu aceitei, agradado. A minha comunicação chama-se “Urdiduras e Lavores: Refazer Uma Abelha na Chuva”. Será no dia 20 de Novembro, em Cantanhede. Eis o texto de apresentação do encontro:

O colóquio visa assinalar o centenário de Carlos de Oliveira (1921-1981), tentando reconstituir a encruzilhada de tempos, localizações e opções de que se faz a sua obra, entre o imaginário romanesco de 800 e o experimentalismo moderno, entre a Gândara e o cosmos, entre o compromisso social e político e a sedução da pura brincadeira com as palavras.

A Metamorfose dos Pássaros: Sessão Especial na Figueira da Foz

04.11.2021

O Sétimo Amor

03.11.2021


O Sétimo Amor é o segundo filme produzido no âmbito do LIPA - Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas, com apoio da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC e do TAGV. Tal como O Alto do Mártir, esta curta-metragem foi inicialmente desenvolvida em Oficina de Cinema na Licenciatura em Estudos Artísticos e concluída fora do ambiente curricular, com o acompanahmento do docente do seminário, o cineasta Paulo Carneiro. Vai ser mostrada no festival Caminhos do Cinema Português, tal como O Alto do Mártir.

Luto Itinerante

21.10.2021

A Metamorfose dos Pássaros.

No jornal Avante! de hoje falo sobre A Metamorfose dos Pássaros (2020) de Catarina Vasconcelos. Chamei-lhe “Luto Itinerante” e está disponível aqui.

O Alto do Mártir

16.10.2021


O Alto do Mártir é o primeiro filme produzido no âmbito do LIPA - Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas, com apoio da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC e do TAGV. A curta-metragem foi inicialmente desenvolvida em Oficina de Cinema na Licenciatura em Estudos Artísticos. Foi posteriormente levada até à sua conclusão com o acompanahmento do docente do seminário, o cineasta Paulo Carneiro. A obra será mostrada na seção “Verdes Anos” no Doclisboa. A sessão será no dia 29 de Outubro, às 15h, no São Jorge – Sala Manoel de Oliveira. Mais informações aqui.

A Metamorfose dos Pássaros: Sessão Especial em Coimbra

16.10.2021

Audiovisual Narrative on Social Media

16.10.2021


Today I’m chairing the last plenary session of the 6th Conference on Narrative, Media and Cognition “Reconfigurations: New Narrative Challenges of the Moving Image”. I’m grateful to have been invited to moderate this session with Professor Jens Eder (Film University Babelsberg), a paper called “Audiovisual Narrative on Social Media: networked attention and political impact”. It’s a pleasure.

Further information about the conference here.

Flor de Lótus: A Lista de Schindler

14.10.2021

A Lista de Schindler.

Amanhã participo numa das sessões da primeira edição do festival cultural “Flor de Lótus: Grandes Clássicos de Música, Cinema e Literatura”, organizado pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Composto por cinco sessões temáticas, dedicadas a alguns dos clássicos mais marcantes da cultura contemporânea, as sessões decorrem este mês, começando no dia 11 e terminando a 19. São sempre às 18h, na Sala de São Pedro (piso 2 da BGUC). Amanhã, as intervenções e os comentários de revisita de A Lista de Schindler (Schindler’s List, 1993), o filme de Steven Spielberg, mas também o livro adaptado de Thomas Keneally, Schindler’s Ark (1982), cabem-me a mim e ao António Sousa Ribeiro.

Um Adeus Português: Entre o Poema e o Filme

22.09.2021

Um Adeus Português (1993).

Amanhã participo com entusiamo no Colóquio João Botelho “Filmo um texto como se fosse um rosto”. A minha comunicação tem o título “Um Adeus Português: Entre o Poema e o Filme” e o seguinte resumo:

O poema “Um Adeus Português” que Alexandre O’Neill escreveu em 1958 dá título ao filme que João Botelho realizou em 1985. O realizador insistiu no título e pediu a permissão do poeta para o usar. A hipótese desta comunicação é a de que todo o poema, e não apenas os dois versos que aparecem no filme, é fundamental para entender o olhar e os temas de Um Adeus Português que encenam um confronto com Portugal como aporia. Não se trata de uma mera adaptação ou até inspiração. Lendo os dois versos que o filme apresenta — “esta pequena dor à portuguesa / tão mansa quase vegetal” — podemos pensar que se trata de meditar sobre uma identidade portuguesa, permanente e imutável, que é desenvolvida criticamente e contestada ao longo do filme. No entanto, o poema é sobre uma época específica da história portuguesa e a opressão que existia no período fascista, levando à apatia e ao confinamento. O poeta sofreu pressões sociais e familiares por causa do seu relacionamento com uma mulher que morava em Paris e essa não terá sido a única situação que o levou a escrever este poema. O filme recupera “Um Adeus Português” em meados da década de 1980 como se quisesse sublinhar que muito permaneceu igual ou foi retirado após o processo revolucionário, mas assumindo a descolagem em relação ao tempo original da composição literária e abrindo uma possibilidade de reflexão sobre vários tempos e espaços da história recente de Portugal.

Colóquio João Botelho “Filmo um texto como se fosse um rosto”

17.09.2021


No dia 23, participo neste colóquio ao lado de colegas que muito estimo e do próprio cineasta. Um agradecimento à Golgona Anghel pelo convite que me dirigiu e pela organização deste encontro científico.

Seara Nova (1921-2021)

17.09.2021

O Fim do Mundo (1993).

Chegou finalmente o belo número especial do centenário da revista Seara Nova. Estou bem acompanhado na capa e no interior por dois colegas da Universidade de Coimbra, Ana Paula Arnaut e António Pedro Pita, e outras pessoas que foi convidadas a escrever para este número comemorativo. O meu artigo surge enquadrado na parte sobre doutrina e crítica e levou o título “Outro País: O Cinema Português Depois da Revolução”.

Não Há Cinema como Este

09.09.2021

Fora de Campo ou Revolução até à Vitória (Off Frame aka Revolution Until Victory, 2016).

O jornal Avante! de hoje é dedicado à grande Festa do Avante que fizemos — quem a construiu e quem a visitou. Como tem sido costume nos últimos anos, tem um artigo meu sobre o CineAvante!: “Não Há Cinema como Este”.

Cinema ao Ar Livre Comprometido com a Liberdade e a Imaginação

03.09.2021

Visões do Império (2020).

Apresento a programação do CineAvante! deste ano aqui, num pequeno artigo que saiu hoje no AbrilAbril.

História do Cinema

25.08.2021


Está finalmente disponível para ser pré-encomendada esta obra editada pelo Nelson Araújo que oferece um panorama plural da história do cinema, dos primórdios ao cinema contemporâneo. Assinei um dos capítulos (“A Renovação na Europa de Leste”). Fui bem acompanhado por colegas que muito estimo e cujos nomes podem ser lidos na lista de autores em cima.

CineAvante! 2021

25.08.2021


Na página do CineAvante! deste ano lê-se: “O prazer de ver cinema ao livre colectivamente regressa à Festa. Como o cinema também vive de conversas, propomos uma programação de filmes acompanhada pela presença dos seus autores, abrindo espaço de discussão e reflexão, salientando, não apenas a importância do trabalho invisível escondido na aparência da imagem, como o seu impacto na nossa percepção da história e no modo como encaramos o presente.” Venham daí!

A Alquimia do Cinema

19.08.2021

A Promessa.

No jornal Avante! de hoje falo sobre o recente DVD com uma nova e esplendorosa cópia do filme A Promessa (1973) de António de Macedo, editado pela Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. O meu artigo levou o título “A Alquimia do Cinema” e está disponível aqui.

Um Pai, Um Deus

15.07.2021

The Nun’s Kaddish.

Apresento hoje uma das aulas da Escola de Verão Estudos de Diásporas “Do Discurso e da Cultura na Diáspora Sefardita Portuguesa”, organizada pelo Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tem o título “Um Pai, Um Deus: Sobre os Filmes do Projeto Global Entre a Comunidade Judaica e a Diocese do Porto”. Deixo o resumo:

O livro de Malaquias, que pertence em simultâneo às tradições judaica e cristã, apresenta duas interpelações que salientam a raíz da fraternidade humana na perspectiva das religiões monoteístas: “Porventura, não temos nós todos um único pai? Não foi o mesmo Deus que nos criou?” (2,10). É no contexto desta tradição comum e do diálogo inter-religioso que a Comunidade Judaica do Porto resolveu desenvolver um projeto global em cooperação com a Diocese do Porto. Uma das atividades desse vasto projeto é a produção de quatro filmes: a curta-metragem The Nun’s Kaddish (2019), e as longas-metragens Sefarad (2019), The Light of Judah (2020), e 1618 (2021), todos realizados por Luís Ismael. A última destas obras já foi finalizada, mas ainda não foi exibida. A exibição dos outros filmes tem sido limitada, mas a distribuição adoptou uma estratégia de internacionalização que tem feito com que estejam acessíveis em muitas regiões do globo através de meios digitais. Tendo estes trabalhos fílmicos como objeto de estudo, esta comunicação tem três objetivos. O primeiro é analisarcada um dos filmes, desenvolvendo uma análise mais detalhada de Sefarad, a primeira longa- metragem do projeto. O segundo é examinar o papel destas produções artísticas num projeto que procura desvendar as relações históricas entre a comunidade judaica sefardita e a comunidade católicaem Portugal. Finalmente, o terceiro é avaliar de que modo este exemplo nos permite compreender melhor o contributo que a arte pode dar para o diálogo inter-religioso.

Raiva: Ninguém Transforma o Mundo Sozinho (II)

10.07.2021

Raiva

Foi hoje publicado no AbrilAbril a segunda parte do meu artigo sobre Raiva (2018), realizado por Sérgio Tréfaut, aqui. Regresso a estes textos em Setembro.

1º Curtas APP

06.07.2021

Como se vê, fui convidado a integrar o júri do primeiro concurso de curtas em vídeo promovido pela APP - A Previdência Portuguesa e aceitei de bom grado. Os filmes podem ser submetidos até 15 de Setembro.

The Challenge of Fellowship

04.07.2021

Of Gods and Men.

Tomorrow I’m presenting this paper at the I International and Interdisciplinary Symposium on Theology and Religious Studies, organised by Research Centre for Theology and Religious Studies of the Catholic University of Portugal: “The Challenge of Fellowship: An Ecotheological Reading of Of Gods and Men (2010).”

Prémios AIM 2021

04.07.2021

Tive o prazer de fazer parte do júri dos primeiros Prémios AIM, que estiveram para ser entregues no ano passado mas passaram para este ano tal como o X Encontro Anual. Foi uma tarefa que partilhei com a Ana Soares (Universidade de Algarve) e Iván Villarmea Álvarez (Universidade de Coimbra).

Divulgo agora os vencedores, com as justificações que escrevemos.

Melhor Monografia - CEIS20
José Bértolo, Sobreimpressões – Leituras de Filmes (Lisboa: Documenta, 2019).
“Os ensaios que compõem a monografia de José Bértolo começaram por ser textos publicados, à razão de um por mês, entre setembro de 2017 e novembro de 2018, no website À Pala de Walsh. Para este livro, o autor reviu-os, modificou-os e acrescentou outros, que antes haviam tomado a forma de comunicações em diversos encontros académicos. O júri destaca, aqui, o estudo nada compósito sobre o conceito de ‘sobreimpressão’, que surge clarificado e consolidado pelas leituras dos diferentes objetos fílmicos, em análises de grande rigor e maravilhamento.”

Melhor Coletânea de Textos
Lúcia Nagib, Ramayana Lira de Sousa, e Alessandra Soares Brandão, eds., Aniki: Revista Portuguesa da Imagem em Movimento 5, n.º 3, dossiê “O Cinema Brasileiro na Era Neoliberal” (2018).
“Esta coletânea de textos corresponde a um dossiê publicado pela revista Aniki sobre o cinema brasileiro na era neoliberal, organizado por Lúcia Nagib, Ramayana Lira de Sousa e Alessandra Soares Brandão. Ao atribuir este prémio, o júri destaca a qualidade geral dos artigos reunidos no dossiê, que contribuem de formas diversas para traçar um quadro denso da resistência do cinema brasileiro ao projeto neoliberal, desta maneira valorizando a ligação da criação cinematográfica à atualidade social e política.”

Melhor Ensaio
Fátima Chinita, “Roy Andersson’s Tableau Aesthetic: A Cinematic Social Space Between Painting and Theatre”, Acta Universitatis Sapientiae Film and Media Studies 15, n.º 1 (2018): 69-86.
“A análise que Fátima Chinita opera da trilogia de Roy Andersson vai além de um exame apurado daqueles três filmes do cineasta sueco: engendra uma profunda reflexão acerca de conceitos como a espacialidade, a representação fílmica, o cruzamento entre pintura e cinema, ou a relação entre arte e vida. A originalidade das leituras propostas não recusa, porém, o diálogo com pensadores e críticos que, anteriormente, se ocuparam dos conceitos que neste ensaio são operativos. Foi esta relação com teorias fílmicas, num olhar agudo sobre uma obra, transformado em apreciação da arte, que o júri decidiu premiar.”

Melhor Trabalho de Estudante de Pós-Graduação
Pedro Florêncio, “Estratégias Cumulativas para um Ponto de Vista de Nenhures em Frederick Wiseman”.
“Trata-se de um trabalho desenvolvido no contexto de uma investigação de doutoramento que analisa a construção do olhar documental no cinema de Frederick Wiseman através da prática da montagem. Com este prémio, o júri premeia o rigor e a originalidade da pesquisa de Pedro Florêncio sobre a obra deste importante cineasta norte-americano.”

Os Habitantes das Estantes

01.07.2021


Foi publicado ontem um pequeno texto meu em resposta ao apelo em defesa dos suportes físicos, publicado no dia 19 de Novembro de 2020 e assinado pelos editores do À Pala de Walsh. Levou o título “Os Habitantes das Estantes” e está disponível aqui.

Uma Conversa na Festa em Linha

24.06.2021

Foi anteontem publicada a conversa entre mim e o Rui Mota para o ciclo Conversas na Festa em Linha, com Autores Desalinhados, organizado pelas Edições Avante! e acessível aqui. Eis texto de apresentação da conversa preparado pela editora:

O Trabalho das Imagens: Estudos sobre Cinema e Marxismo é o livro que nos reúne hoje à conversa com Sérgio Dias Branco, acerca do seu trabalho de investigação sobre a estética das obras da imagem em movimento, nas suas relações com o marxismo. História e cinema, história do cinema, cinema emergente, identidade, são fios condutores de uma conversa que vem questionar as relações da arte com o processo histórico. Neste livro, Sérgio Dias Branco desenvolve uma linha de pensamento crítico que parte da obra de Marx para promover a explicação e a transformação do mundo em que vivemos, escapando ao idealismo do pensamento pós-moderno entranhado em muita da crítica cultural contemporânea.

Diasporas Studies Summer School

14.06.2021

I’m a member of the teaching team for the Diasporas Studies Summer School on the discourse and culture in the Portuguese Sephardic diaspora, taking place in July 2021 at the Faculty of Arts and Humanities at the University of Coimbra. I’m presenting a talk titled “One Father, One God: On the Films of the Global Project Between the Jewish Community and the Roman Catholic Diocese of Porto” as part of the FID research network. More information about the event here.

Conversa sobre Cinco Dias, Cinco Noites em Vila Real

14.06.2021

Cinco Dias, Cinco Noites.

Amanhã estarei no Teatro de Vila Real para comentar Cinco Dias, Cinco Noites (1996) de José Fonseca e Costa, a partir da novela de Manuel Tiago (pseudónimo de Álvaro Cunhal), que será mostrado às 18h. A sessão integra as comemorações do Centenário do Partido Comunista Português (1921-2021), organizadas pela Direcção da Organização de Vila Real do PCP. Agradeço o convite que me foi dirigido já há algum tempo. A sessão esteve originalmente marcada para 9 de Março, mas teve de ser adiada devido às medidas de combate à epidemia entretanto implementadas.

The Economy of Fratricide

09.06.2021

Force of Evil.

The Working Class Studies Association 2021 Conference started on monday, the 7th, with the theme “Re-Placing Class”. This virtual conference is organized by the Working-Class Studies Association and the Center for Working Class Studies at Youngstown State University. Join us! More information here.

I present a paper today in a panel on class conflict in TV and film. It is called “The Economy of Fratricide: Class Relations and Political Filmmaking in Force of Evil (1948)”. Here is the abstract:

Force of Evil (1948), directed by later blacklisted filmmaker and screenwriter Abraham Polonsky and starring John Garfield and Thomas Gomez, remains of the most celebrated instances of American film noir. It tells the story of a lawyer, Joe Morse (Garfield), who works for a powerful gangster. The crime boss wants to control the lucrative numbers game in New York City. This means taking over the many small numbers rackets, one of which is run by Morse’s older brother Leo Morse (Gomez). The brothers have been corrupted by crime, they both live in the unlawful world, but only one of them will be indirectly responsible for the death of the other. Force of Evil has been acknowledged as a major influence on the crime films of directors such as Martin Scorsese. Yet surprisingly it has not been studied in detailed. This paper aims at doing just that. It puts the film in the context of the anti-Communist persecution in Hollywood of the 1940s and 1950s. At the same time, it also examines Force of Evil as a key example of political filmmaking. I argue that this work visually dissects the power dynamics of capitalism in the metropolis and offers a complex representation of class relations within a family. The plot alludes to the Biblical story of Cain and Abel, demonstrating a keen interest in religious narratives that are part of the collective imagination. The numbers game is a form of illegal lottery played mostly in poor and working-class neighbourhoods in the USA. These areas are contrasted with the rich, grand business district of the city.

O Prazer do Liberdade

09.06.2021

Prazer, Camaradas!.

Saiu hoje o meu texto crítico sobre o ousado e imaginativo Prazer, Camaradas! (2019) no jornal Avante! com o título “O Prazer do Liberdade”. Pode ser lido aqui.

Apresentação de Prazer, Camaradas! no CAE

07.06.2021

Porquê um 2.º Ciclo?

03.06.2021

Cinema, Aesthetics and Memory

02.06.2021


It stars today. You can follow and participate in the conference here.

Prémios AIM

29.05.2021


Entrega dos Prémios AIM, cujo júri integrei. Foi ontem. Foi muito bonito, apesar do cansaço. A foto é da Lucia, uma das premiadas. A sessão está disponível aqui.

X Encontro Anual da AIM

26.05.2021


Começa hoje o X Encontro Anual da AIM, cancelado no ano passado, finalmente concretizado este ano online. O programa completo está disponível aqui.

Além da apresentação de uma comunicação no dia 28, “Cinema e Marxismo, Pontos de Fuga”, e da participação na entrega dos primeiros Prémios AIM, cujo júri integrei, ao fim desse dia, modero também um painel no dia 29 com o título “Teoria e História do Cinema”.

Raiva: Ninguém Transforma o Mundo Sozinho (I)

26.05.2021

Raiva

Foi ontem publicado no AbrilAbril a primeira parte do meu artigo sobre Raiva (2018), realizado por Sérgio Tréfaut, aqui.

Materialist Readings of Cinematic Representations of Disability

29.04.2021


Foi hoje. A prova de defesa da tese de doutoramento de Vinícius Neves de Cabral, “Materialist Readings of Cinematic Representations of Disability” [“Leituras Materialistas de Representações Cinematográficas da Deficiência”], orientada por Sílvia Meletti e Michael Wayne, foi longa. Mas foi um prazer ler este trabalho excepcional e participar como arguente nesta banca para a Universidade Estadual de Londrina, com mais três colegas brasileiras. O Brasil tem futuro!

Together in the Midst of War

29.04.2021


This great new book edited by Kristian Petersen is now out. It includes my “Together in the Midst of War: Muslim and Christian Coexistence in Lebanese Cinema”. Foi hoje. A prova de defesa da tese de doutoramento de Vinícius Neves de Cabral, “Materialist Readings of Cinematic Representations of Disability” [“Leituras Materialistas de Representações Cinematográficas da Deficiência”], orientada por Sílvia Meletti e Michael Wayne, foi longa. Mas foi um prazer ler este trabalho excepcional e participar como arguente nesta banca para a Universidade Estadual de Londrina, com mais três colegas brasileiras. O Brasil tem futuro!

25 de Abril, 3 Filmes

23.04.2021

As Armas e o Povo.

Foi hoje publicado um artigo meu no Cinema Sétima Arte, “25 de Abril, 3 Filmes” e disponibilizado aqui. Falo brevemente sobre o antes, o durante, e o depois da Revolução de Abril através de três filmes: 48 (2009) de Susana de Sousa Dias, As Armas e o Povo (1975) do Colectivo de Trabalhadores da Actividade Cinematográfica, e O Voo da Papoila (2011) de Nuno Portugal.

Às Segundas ao Sol: Nem Casa, Nem Filhos, Nem Crédito, Nada (II)

23.04.2021
Às Segundas ao Sol

Foi ontem publicado no AbrilAbril a segunda parte do meu artigo sobre Às Segundas ao Sol (Los lunes al sol, 2002), realizado por Fernando Léon de Aranoa, aqui.

Nomeação Definitiva

22.04.2021

Foi hoje votada a minha nomeação definitiva como Professor Auxiliar no Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O parecer emitido pelo Doutor João Mário Grilo (Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa), pela Doutora Christine Zurbach (Professora Catedrática da Universidade de Évora) e pelo Doutor João Maria André (Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Coimbra) sobre o relatório de actividades que apresentei recomendava “vivamente a nomeação a título definitivo”. Na sua apreciação, o Conselho Científico votou favoravelmente, por unanimidade. É muito difícil descrever este momento. Trabalho há uma década na Universidade de Coimbra. Nunca trabalhei tanto tempo no mesmo local, razão pela qual o fui sentindo como casa. Bem sei que sem o meu empenho nada disto teria sido possível, mas em vez de me sentir orgulhoso sinto-me grato. Apesar de todas as dificuldades, faço o que gosto e tento fazê-lo o melhor que consigo e sei. Além de colegas, quem me ocupa a mente neste momento é o conjunto de estudantes que tenho tido o privilégio de conhecer. Renovando-se a cada ano, mostram-nos sempre que ser professor é ser estudante em permanência. Obrigado por tudo.

A Mesa da Divisão

21.04.2021

A Última Ceia.

Na próxima sexta-feira, 23 de Abril, às 18h30, apresento o seminário “A Mesa da Divisão: Classe e Cristianismo em A Última Ceia (1976)”, integrado no Mestrado em Literaturas Ibero-Americanas Comparadas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e organizado pelo Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da mesma instituição. Um agradecimento à Isabel Araújo Branco pelo convite — e pela oportunidade que abriu para eu falar um pouco sobre este clássico do cinema cubano realizado por Tomás Gutiérrez Alea.

Raiva (2018), Projecção e Debate nas Comemorações do 25 de Abril

17.04.2021


Mais informações aqui.

Valuing Films

09.04.2021

Today I shall present a paper at the conference From Analogue to Digital: Film Criticism in Spain, Portugal and Latin America, organised by the Modern Humanities Research Association, the University of Leeds, and the University of Kent. Originally, this event was scheduled for 2020, but it was postponed due to the COVID-19 pandemic. Now it will take place online.

My paper is called “Valuing Films: Reflections on the Practice of Film Criticism”.

Manifesto Revolucionário

08.04.2021

As Armas e o Povo.

Comemoram-se este ano os 47 anos do 25 de Abril de 1974 e As Armas e o Povo (1975) é o grande documentário sobre esse momento histórico protagonizado pelo povo português. O meu artigo sobre este filme, “Manifesto Revolucionário”, foi publicado hoje no Avante! e pode ser lido aqui.

Falar de Cinema Português 1960-2000

03.04.2021

Gestos & Fragmentos.

Foi publicada ontem a minha contribuição para a rubrica “Vamos Falar de Cinema Português 1960-2000” do projecto “Palavrasemovimento”, coordenado pela Raquel Rato (a quem muito agradeço). Trata-se de “Uma Ausência Tornada Presente: Gestos & Fragmentos (1982)” que eu apresentei em Novembro de 2019 num encontro integrado no mesmo projecto. Está disponível aqui.

FID

31.03.2021

The website for FID: Film and Interreligious Dialogue, which I coordinate, is now online here.

FID is an international research network for studying religion as cinematic and enhancing film as dialogue based at CEIS20 - Centre of 20th Century Interdisciplinary Studies at the University of Coimbra. The network fits within the remit of one of the strategic areas of the institution — heritage, culture and inclusive society — which aims aggregating and enhancing research that contributes to the knowledge, safeguarding and promotion of heritage and culture. It focuses on the role of perceptions, formed by traditions, values and beliefs, in shaping societies and politics in the 21st century.

The larger project is connected with the Horizon Europe Cluster 2 “Culture, Creativity and Inclusive Society” promoted by the European Union. Like other projects connected with the strategic areas of the University of Coimbra, it gathers reaserchers and fosters interdisciplinarity with multidisciplinary approaches to address the societal challenges aligned with the Horizon Europe priorities and the 2030 Agenda of the United Nations. It brings together critical mass and installed skills for the development of research of excellence, based on the ability of the R&D Units of the University of Coimbra and the benefits of relevant international partnerships.

Revolução, Política, Representação

29.03.2021


Amanhã participarei com a escultora Virgínia Fróis e o pintor Lima Carvalho nos seminários Colaboração e Colisão: Intervenção Pública e Política da Arte, coordenados pela Cristina Cruzeiro. Esta sessão pertence à parte I “Do 25 de Abril de 1974 à Entrada na CEE” e tem o título “Os Artistas e a Revolução: Dinâmicas Produzidas Entre Arte e Sociedade”. Chamei à minha comunicação “Revolução, Política, Representação: Filmar no Período Revolucionário”. Juntem-se a nós.

Às Segundas ao Sol: Nem Casa, Nem Filhos, Nem Crédito, Nada (I)

17.03.2021

Às Segundas ao Sol.

A primeira parte do meu artigo sobre Às Segundas ao Sol (Los lunes al sol, 2002), realizado por Fernando Léon de Aranoa, publicado no AbrilAbril está disponível aqui.

O Argumento Cinematográfico

16.03.2021

Revolução, Política, Representação

02.03.2021


Agradeço à Cristina Cruzeiro o convite que me endereçou para participar neste espantoso projecto. No dia 30 lá estarei para apresentar uma comunicação com o título “Revolução, Política, Representação”.

Debate sobre O Túmulo dos Pirilampos

27.02.2021

O Túmulo dos Pirilampos.

Participei ontem num debate online sobre O Túmulo dos Pirilampos (Hotaru no haka, 1988), realizado por Isao Takahata, um dos filmes de guerra mais comoventes da história do cinema. A sessão foi organizada pela Plataforma pela Paz e o Desarmamento e contou com a participação de Beatriz Goulart Pinheiro (Conselho Português para a Paz e Cooperação) e Diogo Barbosa (Rádio Universidade de Coimbra), com moderação de Simão Correia Bento (Associação Projecto Ruído).