O encontro com Os Fabelmans (The Fabelmans, 2022) ficou colado ao fim de um ano difícil. Foi ontem à noite, numa sala de cinema esparsamente ocupada. É um filme para rever e estudar com tempo. O que fica, por agora, é o modo como toca no fascínio primordial do cinema e das suas imagens em movimento, porta de entrada para universos aos quais nos recolhemos (nós que temos esta doença benigna chamada cinefilia), não para escaparmos ou fugirmos, mas para ganharmos distância, vermos de outra forma, fazermos sentido do mundo e da vida. Tudo tão pessoal como universal. Quem se deslocou a uma sala para ver o filme foi brindado com uma introdução em tom de agradecimento do realizador Steven Spielberg. Eis um gesto bonito e generoso de um cineasta, que valoriza a experiência social do cinema projectado num grande ecrã, numa sala escura. O cinema só morrerá quando a pulsante humanidade que nele e dele se projecta desaparecer.
A Música da Casa
Hoje no “Avante!”: um texto crítico meu sobre O Trio em Mi Bemol (2022) de Rita Azevedo Gomes. “A Música da Casa” está disponível aqui.
“Deus Fora de Portas”: Apresentação como Membro do Júri
Foi divulgado uma breve nota biográfica, menos formal, para a minha apresentação como membro do júri da Mostra Internacional de Curtas-Metragens “Deus Fora de Portas”. Eis o que escrevi:
Apaixonou-se pelo cinema na juventude e esse entusiasmo intenso nunca mais o abandonou. Para ele, através do cinema, a humanidade encontrou uma forma artística para olhar e imaginar o movimento do mundo e das sociedades, a sua diversidade, a injustiça e a compaixão, o desprezo e a amizade.
Natural de Alvalade, Lisboa, começou por estudar arquitetura, mas sempre com um olho no cinema. Estudou cinema durante mais de 4 anos no Reino Unido.
É feliz como professor e investigador de cinema na Universidade de Coimbra, mas também na Universidade Católica Portuguesa e na Universidade Nova de Lisboa.
Desenvolve projetos internacionais sobre o cinema português no período democrático e o papel do cinema no diálogo interreligioso, entre outros. Foi presidente da AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento.
O Homem da Câmara de Filmar: Um Olhar Visionário
Aproveitando o lançamento do dossiê pedagógico que assinei para o Plano Nacional de Cinema sobre O Homem da Câmara de Filmar (Liudyna z Kinoaparatom/Chelovek s kino-apparatom, 1929), compus um artigo para o AbrilAbril, “O Homem da Câmara de Filmar: Um Olhar Visionário”, que pode ser lido aqui.
Religion and the Working Class in Film:
“How Do Working-Class People in China Comment on Chinese-Language Buddhist Films?” by Zhentao Sun
The first article of the special issue “Religion and the Working Class in Film”, which I’m editing for the journal Religions, is now available: “How Do Working-Class People in China Comment on Chinese-Language Buddhist Films?” by Zhentao Sun (Huaqiao University, China). If you’re interested in and doing research on these topics, please submit.