Hikayatul jawahiri thalath (1995).
Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, o primeiro às 18h30, o segundo às 21h30, na Casa das Caldeiras.
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Sérgio Dias Branco
Amigo entre Inimigos, Inimigo entre Amigos.
Comemora-se hoje o terceiro aniversário do Centro de Estudos Russos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o segundo aniversário do seu Clube de Cinema, estruturas muito activas na divulgação da arte e cultura russas e soviéticas. No âmbito destas comemorações, fui convidado a apresentar o filme Amigo entre Inimigos, Inimigo entre Amigos (Svoy sredi chuzhikh, chuzhoy sredi svoikh, 1974), primeira longa-metragem de Nikita Mikhalkov, por volta das 18h. Os detalhes da sessão podem serem encontrados aqui.
O Paraíso, Agora! (Paradise Now, 1998).
Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, o primeiro às 18h30, o segundo às 21h30, na Casa das Caldeiras.
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“Cinema da Palestina: Terra e Liberdade”: (1)
Apresento hoje, às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, o filme Luz de Inverno (Nattvardsgästerna, 1963), que se integra num ciclo com obras do realizador sueco Ingmar Bergman de título “Bergman Inesgotável”. Imperdível.
Acabou de sair um pequeno livro com as actas do 1.º Simpósio “A Fusão das Artes no Cinema” que decorreu no âmbito da última edição do festival Caminhos do Cinema Português, organizado pelo Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra. A minha comunicação, “As Imagens Ressonantes: A Escrita Fílmica de Marguerite Duras”, é a primeira no alinhamento do volume.
Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, o primeiro às 18h30, o segundo às 21h30, com apresentação de Denise Liege (mestranda de Estudos Artísticos), na Casa das Caldeiras.
A 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução para a partilha do território da Palestina em dois estados. O Estado de Israel foi criado, mas o Estado da Palestina ainda não foi estabelecido. Desde 1967 que o povo palestiniano tem sofrido com a ocupação e expansão de Israel, geradora de conflito e impedimento à paz. Esta situação quotidiana reflecte-se no cinema documental e ficcional que tem sido produzido na Palestina, assim como a milenária cultura local, árabe, resistente, e humanista.
7 Out.:
18h30 The Iron Wall (2006), real. Mohammed Alatar
21h30 5 Broken Cameras (2011), real. Emad Burnat e Guy Davidi
Comentário de Denise Liege (mestranda em Estudos Artísticos)
14 Out.:
18h30 O Paraíso, Agora! (Paradise Now, 1998), real. Hany Abu-Assad
21h30 Omar (2013), real. Hany Abu-Assad
21 Out.:
18h30 Crónica de um Desaparecimento (Segell ikhtifa, 1996), real. Elia Suleiman
21h30 Intervenção Divina (Yadon ilaheyya, 2002), real. Elia Suleiman
28 Out.:
18h30 Urs al-jalil (1987), real. Michel Khleifi
21h30 Hikayatul jawahiri thalath (1995), real. Michel Khleifi
Começou ontem na Universidade de Coimbra o Colóquio “Visões da Luz” integrado nas comemorações do Ano Internacional da Luz 2015 e dos 725 anos da Universidade. Decorre durante três dias no Auditório da Reitoria. Mais informações aqui.
Participo amanhã neste encontro interdisciplinar com uma comunicação que leva o título “Nem Pura Luz, Nem Sombra: Nostalgia de la luz como Documentário Poético Politizado”, da qual deixo o resumo:
Não há pura luz
nem sombra nas lembranças:
estas fizeram-se cinza lívida
ou pavimento sujo
de rua atravessada pelos pés das gentes
— PABLO NERUDA, “Não Há Pura Luz”Com Nostalgia da Luz (Nostalgia de la luz, 2010), Patricio Guzmán continua e desenvolve uma obra documental em torno da inscrição da memória da ditadura militar fascista de Augusto Pinochet no Chile actual. Enquanto astrónomos buscam as origens da humanidade nos astros a partir do deserto de Atacama, há mulheres que procuram os restos mortais dos seus familiares no mesmo lugar. Mostrando as relações entre a ciência e o passado, por um lado, e a arte e o passado, por outro, o filme mistura e liga, caldeia, o sentido literal e o sentido figurado. Receber luz das estrelas longínquas e lançar luz sobre o destino das vítimas da ditadura são duas formas complementares de criar conhecimento e de procurar esclarecimento. Nostalgia de la luz opta pelo modo documental poético que Bill Nichols descreveu, mas problematiza a forma como ele o define. Ainda que trabalhe ritmos temporais e justaposições espaciais através de associações e padrões, dando prioridade ao tom, ao ambiente, à textura, à afecção, o filme inclui demonstrações de conhecimento e actos de persuasão, ampliando a componente retórica que costuma ser reduzida neste modo documental. Esta singular característica está relacionada com a sua perspectiva politizada, correspondendo à necessidade, articulada por Walter Benjamin, da politização da arte contra a estetização da política no combate contra o fascismo. A composição poética surge a par da dimensão da lembrança, da memória que a humanidade carrega consigo sem conhecer, da memória que as gentes chilenas não querem esquecer, investigando-a, reconstituindo-a. Em Nostalgia da Luz, que podemos descrever com rigor como um documentário poético politizado, nem a poesia é um adorno, nem a politização é um acrescento. São modos de perspectivar a realidade viva que o filme salienta como emergindo da realidade como história vivida.