Árvore da Vida, A (The Tree of Life, 2011), real. Terrence Malick
Autobiografia de Nicolae Ceausescu, A (Autobiografia lui Nicolae Ceausescu, 2010), real. Andrei Ujica
Estranho Caso de Angélica, O (2010), real. Manoel de Oliveira
Filme Socialismo (Film socialisme, 2010), real. Jean-Luc Godard
Hadewijch (2009), real. Bruno Dumont
Poesia (Shi, 2010), real. Chang-dong Lee
Quatro Voltas, As (Les Quattro volte, 2010), real. Michelangelo Frammartino
Separação, Uma (Jodaeiye Nader az Simin, 2011), real. Asghar Farhadi
Super 8 (2011), real. J. J. Abrams
Tio Boonmee que se Lembra das suas Vidas Anteriores, O (Loong Boonmee raleuk chat, 2010), real. Apichatpong Weerasethakul
Pensando agora, todos estes filmes são atravessados por uma interrogação do real e das (suas) imagens. É uma interrogação que nada tem de fechado ou circular. Pelo contrário, é perceptiva, criativa, interessada no que não é cinema, convocando a nossa atenção, imaginação, e afecto. Cada uma destas obras anuncia que as imagens que permanecem nada têm de apaziguador. Em vez disso, desestabilizam nas suas ligações, na sua história, e nas suas ambiguidades. Há que experimentá-las, sem querermos dominar a sua força com o esclarecimento completo, já que são fruto de uma abertura para a luminosa e magnética intensidade dos momentos que as compõem. Do que vi, destaco ainda As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne (The Adventures of Tintin, 2011), Um Ano Mais (Another Year, 2010), O Miúdo da Bicicleta (Le gamin au vélo, 2011), Habemus Papam - Temos Papa (Habemus Papam, 2011), Melancolia (Melancholia, 2011), Rango (2011), e Indomável (True Grit, 2010).
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[1] Publicado simultaneamente em “Cinema2000: Balanço 2011 - As Nossas Escolhas”.