Um Adeus Português: Entre o Poema e o Filme

22.09.2021

Um Adeus Português (1993).

Amanhã participo com entusiamo no Colóquio João Botelho “Filmo um texto como se fosse um rosto”. A minha comunicação tem o título “Um Adeus Português: Entre o Poema e o Filme” e o seguinte resumo:

O poema “Um Adeus Português” que Alexandre O’Neill escreveu em 1958 dá título ao filme que João Botelho realizou em 1985. O realizador insistiu no título e pediu a permissão do poeta para o usar. A hipótese desta comunicação é a de que todo o poema, e não apenas os dois versos que aparecem no filme, é fundamental para entender o olhar e os temas de Um Adeus Português que encenam um confronto com Portugal como aporia. Não se trata de uma mera adaptação ou até inspiração. Lendo os dois versos que o filme apresenta — “esta pequena dor à portuguesa / tão mansa quase vegetal” — podemos pensar que se trata de meditar sobre uma identidade portuguesa, permanente e imutável, que é desenvolvida criticamente e contestada ao longo do filme. No entanto, o poema é sobre uma época específica da história portuguesa e a opressão que existia no período fascista, levando à apatia e ao confinamento. O poeta sofreu pressões sociais e familiares por causa do seu relacionamento com uma mulher que morava em Paris e essa não terá sido a única situação que o levou a escrever este poema. O filme recupera “Um Adeus Português” em meados da década de 1980 como se quisesse sublinhar que muito permaneceu igual ou foi retirado após o processo revolucionário, mas assumindo a descolagem em relação ao tempo original da composição literária e abrindo uma possibilidade de reflexão sobre vários tempos e espaços da história recente de Portugal.

Colóquio João Botelho “Filmo um texto como se fosse um rosto”

17.09.2021


No dia 23, participo neste colóquio ao lado de colegas que muito estimo e do próprio cineasta. Um agradecimento à Golgona Anghel pelo convite que me dirigiu e pela organização deste encontro científico.

Seara Nova (1921-2021)

17.09.2021

O Fim do Mundo (1993).

Chegou finalmente o belo número especial do centenário da revista Seara Nova. Estou bem acompanhado na capa e no interior por dois colegas da Universidade de Coimbra, Ana Paula Arnaut e António Pedro Pita, e outras pessoas que foi convidadas a escrever para este número comemorativo. O meu artigo surge enquadrado na parte sobre doutrina e crítica e levou o título “Outro País: O Cinema Português Depois da Revolução”.

Não Há Cinema como Este

09.09.2021

Fora de Campo ou Revolução até à Vitória (Off Frame aka Revolution Until Victory, 2016).

O jornal Avante! de hoje é dedicado à grande Festa do Avante que fizemos — quem a construiu e quem a visitou. Como tem sido costume nos últimos anos, tem um artigo meu sobre o CineAvante!: “Não Há Cinema como Este”.

Cinema ao Ar Livre Comprometido com a Liberdade e a Imaginação

03.09.2021

Visões do Império (2020).

Apresento a programação do CineAvante! deste ano aqui, num pequeno artigo que saiu hoje no AbrilAbril.