Alguns ecos das MasterSessions “O Meu Cinema” que consegui recolher:
• “Criar sem imaginação: uma forma de realizar filmes” (A Cabra)
• “Pedaço a pedaço se constrói um filme” (A Cabra)
Sérgio Dias Branco
Alguns ecos das MasterSessions “O Meu Cinema” que consegui recolher:
• “Criar sem imaginação: uma forma de realizar filmes” (A Cabra)
• “Pedaço a pedaço se constrói um filme” (A Cabra)
Quando me perguntarem para que serve a universidade, vou passar a dar como exemplo a recente tertúlia sobre Joker (2019), organizada pela Secção de Defesa dos Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra. Foi com muito gosto que nela participei, apesar do cansaço de uma semana cheia, com uma colega da Faculdade de Economia (Margarida Antunes) e uma psicóloga (Rachel Cesar). Reportagem do jornal A Cabra aqui.
Três sessões, três conversas entre mim e os realizadores Tiago Afonso, João Maia, e Paulo Carneiro, na Sala do Carvão, Casa das Caldeiras, pelas 18h, dos dias 27, 28 e 29 de novembro. Estas MasterSessions “O Meu Cinema” são organizadas pelos Caminhos do Cinema Português e pelo LIPA - Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas. Mais informações aqui.
É com imenso prazer que participo no dia 9 de Novembro no Encontro Nacional de Cineclubes na Curia, Anadia. Vou moderar uma mesa com o título “Ouvir Cinema”, com a participação de Branko Neskov (engenheiro de som), Tiago Fernandes (professor de som, UBI), e Joaquim Pavão (músico). Mais informações aqui.
Participo no dia 19 de Novembro no II Encontro Internacional de História Oral do Cinema Português, que vai decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. A minha comunicação tem o título “Uma Ausência Tornada Presente: Gestos & Fragmentos (1983)” e o seguinte resumo:
Gestos & Fragmentos: Ensaio Sobre os Militares e o Poder (1983) integra uma trilogia na filmografia de Alberto Seixas Santos que inclui Brandos Costumes (1975), obra começada em 1972 no período fascista e terminada já depois do 25 de Abril de 1974, e Paraíso Perdido (1992), filme mais tardio sobre os traumas existenciais associados ao passado colonial português. Cada um deles, olha para a Revolução dos Cravos adoptando uma perspectiva singular: focando-se na transição entre períodos históricos no caso de Brandos Costumes e centrando-se na relação com um passado que se tornou longínquo, mas permanece marcante, em Paraíso Perdido. Gestos & Fragmentos é um filme directamente sobre a revolução, dirigido quase uma década após os acontecimentos e produzido pelo Grupo Zero, Cooperativa de Cinema, uma estrutura indissociável do cinema que emergiu na revolução. A Lei da Terra (1977), sobre a Reforma Agrária, foi uma obra colectiva desse grupo. Na década de 1980, o 25 de Abril era sobretudo uma ausência no cinema português, como o confirmaria Um Adeus Português (1986), realizado poucos anos depois e construído exactamente em torno dessa ausência. Gestos & Fragmentos é um filme que contempla essa ausência e a torna presente, sem a querer decifrar completamente. A dimensão reflexiva do ensaio cinematográfico revela-se sobretudo na sua capacidade para questionar e redefinir as formas de representação no cinema — e até de problematizar o próprio conceito de representação. Gestos & Fragmentos faz isso através da combinação de vozes com diferentes modalidades discursivas: do militar Otelo Saraiva de Carvalho, do filósofo Eduardo Lourenço, e do cineasta estado-unidense Robert Kramer que interpreta um jornalista a investigar o processo revolucionário e contra-revolucionário.