Paredes Pintadas da Revolução Portuguesa (1976).
Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, o primeiro às 18h30, os segundos às 21h30 (com um comentário do realizador Nuno Portugal), na Casa das Caldeiras.
Como reflectiu o cinema português o tempo do fascismo, o tempo da Revolução de Abril, e o tempo que esse processo anunciou sem cumprir? Estes filmes projectam esses tempos de diferentes formas. Brandos Costumes, terminado antes da revolução mas estreado em 1975, liga o espaço familiar ao espaço social, mostrando a relação entre a ideologia fascista e o sistema patriarcal. Revolução é um registo experimental da euforia da liberdade política, inscrita nas paredes e nas vozes que enchiam as ruas. Paredes Pintadas da Revolução Portuguesa é um documentário militante, produzido no âmbito da célula de cinema do PCP, que exalta a criatividade artísticas e política inscrita nos murais pintados em Lisboa. O Voo da Papoila perspectiva a revolução através de três personagens que olham o passado e o presente.