Deus Pátria Autoridade (1976).
Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão. O primeiro às 18h30, na Casa das Caldeiras. O segundo às 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo, seguido de debate sobre a ideologia da ditadura fascista em Portugal, com Rui Simões (realizador do filme) e Manuel Loff (Universidade do Porto/Instituto de História Contemporânea), moderado por Pedro Rodrigues (A Escola da Noite). Este ciclo foi programado em colaboração com A Escola da Noite, Fila K Cineclube, e Prisma.
Comemoram-se os 40 anos do 25 de Abril. Vale a pena revisitar o processo revolucionário através do modo como foi registado e reflectido no cinema politizado produzido nesses anos. Estes são quatro filmes documentais com diferentes focos. Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia (1976) mostra a transformação das condições de vida e trabalho de uma pobre comunidade piscatória no Algarve. A Lei da Terra (1977), rodado em 1976, descreve os desenvolvimentos em torno da reforma agrária no Alentejo, das ocupações de terras às unidades colectivas de produção agrícola. As Armas e o Povo (1975) cobre o período entre o 25 de Abril e o 1 de Maio de 1974, juntando as grandes movimentações de rua aos discursos políticos. Deus Pátria Autoridade (1976) usa imagens de arquivo e analisa criticamente a ideologia da ditadura fascista, a partir dos aspectos enumerados no título que Salazar considerava indiscutíveis.
_____________________
“Filmes Revolucionários de Abril”: (1)