Cinema e Dialéctica: Debate no Porto
Estarei hoje de manhã na Faculdade de Letras da Universidade de Porto para discutir as ideias e o contributo do meu mais recente livro, Cinema e Dialéctica: Uma Gramática Profunda, num debate organizado pelo Instituto de de Filosofia da mesma instituição. Mais informações aqui.
Trás-os-Montes (1976) no CineEco
Cito o texto de divulgação: “O CineEco mantém uma relação de memória com o cinema português através da programação de clássicos. Nesta edição, o festival vai exibir, em dupla sessão, dois filmes recentemente digitalizados pela Cinemateca Portuguesa. A Sessão Clássica Dupla permitirá rever obras singulares do cinema português no modo como olham para dois amplos territórios, que ainda hoje preservam uma forte identidade, ambiental, rural e social, que merece ser valorizada perante novos desafios.”
Na sessão de dia 13 de Outubro, terei o prazer de apresentar Trás-os-Montes (1976). A sessão de Cerromaior (1980) a 17 de Outubro contará com a presença do realizador, Luís Filipe Rocha. Fica o convite para ambas as sessões.
Oliveira e Silva Melo
Na Casa do Cinema Manoel de Oliveira no Porto continua a segunda mostra sobre Oliveira e o cinema português. Amanhã será mostrado Passagem ou a Meio Caminho (1980) de Jorge Silva Melo, com apresentação minha. Mais informação aqui.
Cinema e Dialéctica: Lançamento e Apresentação
O meu novo livro Cinema e Dialéctica: Uma Gramática Profunda será lançado na Festa do Avante. A apresentação ficará a cargo da Marta Sofia Pinho Alves (Instituto Politécnico de Setúbal), a quem agradeço desde já. Será na Festa do Livro, domingo, dia 8, 14h. Fica o convite!
A Alegria, Apesar de Tudo
O jornal Avante! de hoje traz um artigo meu, “A Alegria, Apesar de Tudo”, sobre o filme Gaza, Meu Amor (Gaza mon amour, 2020). Está disponível aqui.
Linha do Horizonte:
Encontros Entre Comunidades Religiosas à Volta do Cinema
Esta atividade começa já em outubro. A entrada é gratuita, mas a lotação da sala é limitada. As inscrições para a primeira sessão estão abertas e devem ser enviadas para: sdiasbranco@fl.uc.pt
Chamada de Artigos “Religião e Cinema:
Da Representação à Expressão”
A Voz das Mulheres (Women Talking, 2022).
Dossiê da REVER: Revista de Estudos da Religião (ISSN 1677-1222), coordenado por Sérgio Dias Branco (Universidade de Coimbra/CEIS20) e Alfredo Teixeira (Universidade Católica Portuguesa/CITER). Prazo: 31.12.2024.
De entre as diversas abordagens metodológicas à religião e ao cinema, aquela que junta os estudos de religião e os estudos fílmicos para analisar criticamente a representação da religião no cinema é uma das mais comuns. Esta abordagem centrada no plano da representação permite explorar as religiões nas suas dimensões material e vivida, salientando semelhanças e diferenças entre tradições religiosas – por vezes dentro da mesma religião –, mas também retratando a tensão e a convivência inter-religiosa. Esta perspetiva, a partir da representação fílmica, abre para diferentes possibilidades de interpretação das perceções culturais sobre as religiões nas sociedades.
Nesta chamada de artigos convidamos pesquisadoras e pesquisadores a considerarem também, nos seus estudos, o plano da expressão, para além da representação da religião no cinema. A expressão é o lugar onde se tecem as diferentes linguagens artísticas que formam a base da experiência sensória e do processo de significação no cinema, que inclui elementos da imagem, do som, e da montagem, que não podem ser reduzidos aos paradigmas da representação ou comunicação. Dentro deste escopo, este dossiê procura estudos inter e transdisciplinares no campo dos estudos da religião e da estética fílmica que articulem leituras de obras concretas, a partir do cruzamento de referências enraizadas em mundividências, sabedorias, gestos e práticas que tecem em conjunto várias tradições religiosas.
A memória dos 1700 anos do Concílio de Niceia, em 2025 – acontecimento central na história do cristianismo, com amplo impacto no terreno das culturas visuais –, é um contexto oportuno para a abertura deste dossiê na REVER.
CFP “The Detailed Study of Films: Adjusting Attention“
A special issue of the journal Arts (ISSN 2076-0752), edited by Sérgio Dias Branco. Deadline: 01.07.2025.
This Special Issue focuses on the detailed study of film style and form. It welcomes articles that consider and integrate the critical role of conscious attention in the practice of film analysis and interpretation. Additionally, it expands on the film criticism work of John Gibbs, Andrew Klevan, Douglas Pye, and others. The detailed study of film works is not a study of details but seeks and follows a movement of abstraction to understand these works in the social and cultural web in which they are historically inserted as objects of production and reflection. In Style and Meaning: Studies in the Detailed Analysis of Film (Manchester University Press, 2005), Pye and Gibbs follow Terry Eagleton in recognizing that artistic media, their forms and senses — perceptions, emotions, and meanings — are inherently social systems (p. 8). Therefore, studying the art of film in detail requires attention that is conscious about this social context and adjusts to it. Adjusting attention is doing justice to the work under scrutiny. It is, simultaneously, a disposition and a concern — an attentive state of mind able to notice significant details and care to be rigorous in studying films.
Given this, I propose a broad distinction between two types of attention that organizes and systematize the study of films, as follows:
• Intensive attention describes a methodology that concentrates on the analytical and interpretative study of a single film;
• Extensive attention designates a methodology that differs from the previous because it aims to analyze and interpret a set of films, grouped by filmmaker, genre, country, theme, or other specific categories.
These methodologies are active research processes that highlight concrete elements and relationships and evoke multiple aspects that influence these relationships. Of course, in the course of interpretative analysis, it may be necessary to extend intensive attention (e.g., briefly consider other films) or to intensify extensive attention (e.g., briefly concentrating on a single film) in order to develop an argument. There is no opposition between the two types of attention but a difference in the approach to attention — in which both assume the importance of concentrating on films, as well as the significance of placing them in precise contexts. Generally, contributions to this Special Issue should choose between one or the other for methodological clarity. In each case, the purpose is to find patterns and account for them within the complexity of films, single or grouped.
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