Espaço Negativo

16.12.2018


Insidious: Capítulo 2.

No belo texto que escreveu para o À pala de Walsh sobre Aquaman (2018), o Luís Mendonça fala sobre o enaltecimento do “espaço negativo”. Para quem segue com interesse a obra de James Wan como cineasta, parece-me que o grande desafio crítico é entender a unidade entre os seus filmes de terror e os seus filmes de acção. Nesse sentido, Aquaman tem muito em comum com Insidious: Capítulo 2 (Insidious: Chapter 2, 2013) porque enfrenta uma questão semelhante: como representar um campo desconhecido, nesse caso a esfera dos espíritos? Em ambos os casos, para que o desconhecido se torne conhecido, visível, é necessário ajustar a visão. Os filmes optam por um desdobramento do mundo no espaço (em Aquaman) e no tempo (em Insidious: Capítulo 2) em que o espaço negativo é uma marca de imensidão, maravilhosa ou tenebrosa.